Curiosos sobre o processo criativo de nossos amigos designers, perguntamos à arquiteta Flávia Pagotti como nasceu o banquinho Bate-Papo. A resposta? Muitos estudos, testes e claro, talento! Veja abaixo o que a Flávia nos contou:

 

“O banco Bate-Papo é uma peça baseada no tradicional banquinho caipira.

 

O ponto de partida do projeto foi uma pesquisa sobre a identidade cultural no móvel brasileiro e a observação do móvel vernacular, em particular o tradicional banquinho caipira com sua forma, função e simplicidade. Durante o processo de desenvolvimento, foram testados diversos materiais, técnicas e formas, mas mantendo as características básicas como função e simplicidade.

 

Bate-Papo é um banquinho para reunir, conversar, contar histórias e jogar conversa fora. A pouca altura do seu assento faz com que as pessoas se sentem bem próximas ao chão, reduzindo toda formalidade do ato de sentar e conversar.

 

Os quatro discos de compensado são ligados à estrutura metálica tubular através de quatro sapatas articuladas. Isto permite que cada disco tenha movimentos independentes em torno de seus centros. Os discos são ligados entre si por uma borracha reutilizada de câmera de pneu, garantindo que, quando não usados, estejam sempre na mesma posição de espera, prontos para que alguém se sente. A borracha tem também um papel psicológico fundamental garantindo que as pessoas se sintam seguras ao sentar, mesmo com o movimento do assento.”

 

Vale comentar que o Banco Bate-Papo já esteve presente em diversas exposições mundo afora e foi agraciado com os prêmios de finalista no Concurso Brasil Faz Design de 2002 e de menção honrosa no 16º Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira em 2002.